#TBT CBM: Pedro Rehn retorna às pistas do Supermoto e traz grandes lembranças

15/04/2021

 
Tricampeão brasileiro da modalidade não pilota na modalidade desde S1GP de 2019
 
Fotos: Origem desconhecida/ Arquivo Pessoal

Com certeza você já ouviu aquele provérbio popular que diz "Com grandes poderes vem grandes responsabilidades", dito pelo Tio Ben ao jovem Peter Parker na primeira história do Homem-Aranha, escrita por Stan Lee em 1962. Nesta quinta-feira (15) cheia de nostalgias, que tal adapta-lo para "Grandes títulos trazem grandes histórias"?
 
No #TBTCBM desta semana, o piloto de supermoto Pedro Cláudio de Azevedo Rehn, mais conhecido por Pedro Rehn, comenta suas principais recordações na modalidade que retorna este ano com o Campeonato Brasileiro. Com apenas 27 anos, Rehn acumula, pelo menos, dez conquistas, entre título, prêmios e participações importantes. Ele é tricampeão brasileiro, foi eleito duas vezes melhor piloto de supermoto com o premio Capacete de ouro e ficou entre os 14 no Mundial S1GP.
 

Um pouco sobre Pedro Rehn

 
Quem o vê hoje não imagina que o Supermoto nem sempre foi sua paixão. Na pré-adolescência ele fazia trilhas, mas se deparava com a resistência dos pais para praticar motocross. Quando retornou de um intercambio no Canadá, deu início a vida de piloto. Correu o Goiano de Motocross, experimentou a sensação de andar na pista do Brasileiro, mas pausou para se dedicar aos estudos. Alguns anos depois, por incentivo dos amigos e após finalmente receber o apoio da família, começou a levar o esporte como profissão.
 
Depois disso Rehn começou a alçar voos cada vez mais altos. Em 2015 foi convidado por Laszlo Piquet (filho do tricampeão mundial de F1, Nelson Piquet) para representar a Piquet Sports no Supermoto Brasil Cup. Com a vitória, foi para o Campeonato Brasileiro e naquele ano venceu todas as etapas de ambas as competições. No fim da mesma temporada descobriu que tinha o Linfoma de Hodgkin, um câncer raro que, no caso dele, atingiu os gânglios linfáticos do pescoço. Após um longo período de tratamento com a quimioterapia, tornou a subir ao pódio.
 
Em 2018 o piloto natural de Morrinhos (GO) rompeu a parceria com a Piquet Sports e, desde então, corre pela equipe criada por ele, a Rehn Sports.
 

Bate-Papo

 

  

 

Agora que você já conhece a história de Pedro, confira o bate-papo que tivemos com ele para resgatar suas principais lembranças com o Supermoto.
 
CBM - Vamos começar falando sobre a volta do Campeonato Brasileiro de Supermoto. Confirma sua participação para a temporada 2021?
Pedro - Sim. Na verdade estou muito empolgado com a volta do Brasileiro de Supermoto. Apesar das dificuldades dos dias atuais estou fazendo o máximo para conseguir voltar a ativa. Ainda não iniciei os treinos e nem tenho mais minha moto de Supermoto, mas logo estarei de volta às pistas. Estou desde o início do S1GP de 2019 em Portugal sem subir em uma moto da modalidade, vai ser um grande desafio para mim. Mas teremos tempo para nos organizar em todos os sentidos.
 
CBM - Você é tricampeão brasileiro, então acumula várias lembranças. Tem algum dos títulos que tenha sido ainda mais especial pra você? Aquele que você lembra e pensa “nossa, esse foi realmente merecido”?
Pedro - Para mim o título mais emocionante que já que conquistei foi o de 2018, que também foi o último ano do Brasileiro de Supermoto. Lembro que cheguei na ultima etapa com problemas na moto, não corri a última bateria, porém o titulo tinha sido cravado uma etapa antes. O sentimento de ter feito um ano impecável e não precisar correr a última prova para ser campeão foi ótima. No mesmo ano também participei do melhor resultado da história do Brasil no Nações, o top 10!
 
CBM - E por falar em Mundial, vamos soltar um spoiler aos leitores da CBM. Você está entre os cotados para o Mundial da modalidade neste ano. Uma competição deste nível dá um frio na barriga diferente, né?
 
Pedro - Para mim é e sempre será uma honra poder representar o Brasil no Supermoto das Nações. Tenho certeza que a equipe fará de tudo para trazer o melhor resultado para o país. O time cotado tem tudo para trazer um ótimo resultado. E sim, o frio na barriga em uma competição como essa é inevitável.
 
CBM - Boa sorte com isto. Mas voltando para suas lembranças do Brasileiro de Supermoto. De quais outros momentos você sente saudade, além dos títulos?
Pedro - Uma das coisas que mais sinto saudade além das corridas, que são espetaculares, são as viagens, a atmosfera de ir competir, conhecer vários lugares. Eu pelo menos me sinto livre e a sensação de liberdade que o esporte nos dá é única.
 
CBM - Não poderíamos deixar de falar sobre o Capacete de Ouro. Quais lembranças vêm à sua cabeça quando se fala do prêmio? Quais sentimento ele te traz?
Pedro - Poxa, o Capacete de Ouro é o premio mais importante do Brasil, além de ser campeão na competição, o premio trás o reconhecimento nacional para um dos maiores eventos do esporte que existe, que é o Salão Duas rodas e o Salão do Automóvel. Com certeza é uma das melhores sensações que um piloto pode viver. É o "Oscar" das duas rodas. Até hoje vejo os vídeos da premiação e fico com saudade de poder viver isso novamente.
 

Títulos e conquistas

2020 | Campeão Brasiliense de Velocross – Categoria Nacional Pro
2020 | Bi-Campeão Supercross Horus Racing – Cat. SX Nacional PRO | SX Elite
2019 | 14º Mundial S1GP
2019 | Bi-Campeão Capacete de Ouro – Salão Duas Rodas
2018 | Campeão Capacete de Ouro – Salão do Automóvel
2018 | Campeão Paulista SM1
2018 |Tri-Campeão Brasileiro de Supermoto – SM1
2016 | Bi-Campeão Brasileiro de Supermoto – SM2
2015 | Campeão Brasileiro de Supermoto – SM2

2015 | Campeão Goiano – SM2

 

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