No Dia do Trabalhador, conheça um pouco dos bastidores por trás do espetáculo

30/04/2021

 

Enquanto o show acontece na pista, profissionais da organização das corridas e das equipes trabalham duro para que tudo aconteça

 

Legenda: Dr. Osso, médico CBM durante  a 5ª etapa do Campeonato Brasileiro de Motocross. Foto: Tiago Lopes/ CBM

 

Em tempos normais, dezenas de etapas concretizam o sucesso do esporte sobre duas rodas ao longo do ano. Seja no off-road ou nas pistas pavimentadas, os Campeonatos Brasileiros das modalidades que compõem o motociclismo são eventos grandiosos, que requerem muito trabalho para acontecer. É aí que entram os profissionais que formam os bastidores. Eles podem não ser vistos da arquibancada, nem aparecer nas transmissões que chegam até sua casa, mas estão ali.

 

Já parou para pensar quantos são? Centenas. Estão na portaria, na praça de alimentação, na secretaria de provas, na sala de imprensa, na cabine de transmissão, na tenda da vistoria, na guarita da cronomegragem, nas pistas e trilhas e, também, nos traillers de cada equipe. Por isso, neste 1º de maio, data em que é celebrado o Dia do Trabalhador, a CBM (Confederação Brasileira de Mototciclismo) traz alguns desses profissionais para a frente dos holofotes.

 

Uniforme azul e branco

 

Quem frequenta as corridas deve ter na memória imagens dos profissionais uniformizados. Estão sempre de um lado para o outro e ao mesmo tempo apostos em suas funções cuidando para que tudo ocorra como o esperado. Para o Campeonato Brasileiro de Motocross, por exemplo, viajam dos quatro cantos do país para realizarem juntos uma boa competição.

 

"O melhor presente que podemos dar para qualquer trabalhador é um bom exemplo", fala Wilson Yasuda, presidente do Conselho Técnico Desportivo Nacional da entidade, um dos principais nomes no cenário do motociclismo e que sempre se faz presente nos campeonatos. Ele acredita que fazer um bom trabalho é servir de inspiração para os demais.

 

O corpo técnico do campeonato resume o que sente à palavra gratidão. “Gratidão é a palavra que descreve como é integrar uma equipe que se supera a cada dia para realizar bons campeonatos", diz Paulo Caramez, construtor de pista. “É um prazer imenso fazer o que gostamos, ainda mais junto a uma equipe alegre como a da CBM", ressalta Salvador Machado, responsável pela vistoria técnica realizada em todas as motos na véspera das provas. 

 

Para eles, ter o reconhecimento pelos serviços prestados também é importante. "A sensação de ter nossas habilidades sendo reconhecidas pelos dirigentes, pilotos e equipes, nos motiva a continuar evoluindo", fala Amélio "Escadinha", diretor de cronometragem.

 

No box o trabalho não para

 

Fotos 2 e 3: Carol Yada/ Mundo Press

 

Nos bastidores das equipes sempre tem alguém que cuida de tudo e de todos, aquele "paizão". Na Honda Racing de rali, Thiago Carvalho, o "ET", faz esse papel. "Acordo pelo menos 40 minutos antes para organizar o café da manhã de todos. Depois que estão alimentados e hidratados ajudo os pilotos a vestirem as roupas, o capacete e dou um talento final na moto. Além disso mantenho os veículos de apoio sempre abastecidos com lanches para que se mantenham durante as provas. Ao fim do dia desmonto toda estrutura e pegamos estrada, e quando é necessário dirijo também", fala.

 

Todos os cuidados tomados por Carvalho refletem no bom desempenho dos pilotos e dos demais integrantes da equipe. "Eu sinto uma responsabilidade grande, porque qualquer coisa que eu não faça bem feito prejudica os demais e o resultado final não é alcançado. São detalhes como prender certo um roadbook, temperar a comida na medida certa, me preocupar com a degradação do alimento para que não haja nenhuma intoxicação, cuidar da ingestão de gordura deles e nos carros não deixar que nada impeça a chega do motorhome na cidade seguinte", explica.

 

Ele ressalta a gratidão que tem ao trabalhar com a equipe Honda e conta que hoje sua relação com os demais integrantes vai além do profissional. "São pessoas que entraram na minha vida e que vou levar para sempre. É uma segunda família". Bissinho Zavati, piloto Honda de rali também fala sobre essa relação. "É difícil descrever nossa relação com o 'ET'. É um cara dedicado, que tá pronto para qualquer coisa e tudo que faz faz muito bem feito. O considero um grande irmão".

 

O multicampeão brasileiro reconhece a importância de profissionais como ele para que tudo funcione. "É um conforto muito bom, porque assim os pilotos só se preocupam com a pilotagem. A gente sabe que o momento que chegarmos no box vai tá tudo certo e prontinho. Então a gente faz nosso trabalho na pista e eles fazem o trabalho deles lá dentro", finaliza.

 

A CBM deseja a todos um Feliz Dia do Trabalhador!

 

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